O Museu Ludwig em Colônia, na Alemanha, concedeu seu Prêmio Wolfgang Hahn 2019 a Jac Leirner. Como vencedora do prêmio deste ano, que é entregue anualmente a uma artista contemporânea, Leirner agora ganhará uma mostra na instituição, que também adicionará o trabalho da artista paulistana à coleção. Uma quantia máxima de € 100.000 (cerca de US$ 115.000) também será concedida a Leirner, embora o valor exato que ela receberá não tenha sido especificado em um comunicado. A vitória de Leirner marca a primeira vez que o prêmio foi para um artista sul-americano.
Leirner é conhecida por suas esculturas e instalações que exploram o que a artista chamou de “infinidade de materiais” – as maneiras pelas quais os objetos são coletados e reformulados para que tenham ressonância pessoal para seus proprietários. Em seu trabalho, materiais cotidianos, como bolsas, caixas de cigarro e etiquetas de bagagem, são organizados em padrões minimalistas, destinados a mudar a maneira como os espectadores entendem os papéis dos itens no mundo.
Ocasionalmente, ela direciona sua atenção para o próprio mundo da arte – para o trabalho de 1985/2018 “Museum Bags”, que será adicionado ao acervo do Museu Ludwig através de fundos da Sociedade de Arte Moderna de Colônia, sacolas plásticas de várias instituições são coladas juntas, de tal forma que elas não servem mais para seu propósito original.
Em um comunicado, Jochen Volz, diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo e jurado convidado do prêmio deste ano, disse: “Jac Leirner é um dos expoentes mais importantes da arte conceitual hoje, bem como dos chamados Institucionais. Crítica desde a década de 1980, suas esculturas, pinturas e instalações têm questionado a noção do original e o valor das obras de arte”.
Volz foi acompanhado no júri por Yilmaz Dziewior, diretor do Museu Ludwig, e membros do conselho executivo da Society for Modern Art.
Os últimos vencedores do Prêmio Wolfgang Hahn incluem Andrea Fraser (2013), Fischli / Weiss (2010), Kerry James Marshall (2014), Cindy Sherman (1997) e Haegue Yang (2018).
Fonte: Artnews