“Möbius”, de Luis González Palma, na Galeria de Babel

A Galeria de Babel dá início à representação exclusiva no Brasil do guatemalteco Luis González Palma, com a exposição “Möbius”, com curadoria de Jully Fernandes e texto de Georgia Quintas, na qual são exibidas obras da série homônima – fotografias com interferência em tinta acrílica – e mais duas séries fotográficas. A exposição fica em cartaz até 30 de maio.

Nos trabalhos da série “Möbius”, González Palma apresenta interferências geométricas em tinta acrílica sobre fotografias – retratos top de venda dos leilões Sotheby’s e Christie’s nos anos 80 e registros de câmeras antigas, produzidos mais recentemente.

Nessas obras, o artista promove uma reconciliação entre dois movimentos que considera diametralmente oposto na América Latina: os anos 1930, com o retrato estereotipado, conectado ao exotismo e realismo mágico, e os anos 1940 e 1950, com a forte presença da geometria, eliminando a emotividade figurativa. “O objetivo dessa experiência é criar novos significados e associações visuais, que antecipam novas sensibilidades para fornecer uma releitura da história visual de ideias a partir deste lado do mundo, considerando sua história e suas contradições”, explica González Palma.

Luis González Palma foi o destaque do stand da Galeria de Babel durante a SP-Arte 2015, que nesta edição teve 75 m2. A feira aconteceu de 9 a 12 de abril, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera.

A galeria – Fundada em 1999 por Jully Fernandes, a Galeria de Babel consolidou seu papel no cenário brasileiro de artes plásticas, sendo a primeira a trabalhar exclusivamente com fotografia. A convite da Magnum Photos de Nova York, na época dirigida por Mark Lubell, atualmente diretor do ICP – International Center of Photography, de 2009 a 2011, a galeria trabalhou em parceria na América Latina para venda de fine art prints e projetos culturais.

A Galeria de Babel inaugurou no final de 2014 seu novo espaço, instalado na esquina da Alameda Lorena com a Rua Ministro Rocha Azevedo, na charmosa Vila Modernista, construída pelo arquiteto Flávio de Carvalho. Com adaptações feitas pelo arquiteto Stephan Steyer, a Babel se apresenta como um cubo branco que integra seu entorno de maneira harmônica, como uma galeria de vila. Os pisos originais, de cerâmica e de taco, foram mantidos, bem como a escada de madeira.

 

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